Resumen. Objetivo/Contexto: Este artículo presenta el contexto histórico de la creación de Goiânia, capital del estado de Goiás, construida en la década de 1930 como símbolo de la expansión de la frontera demográfica y agrícola en el centro de Brasil. La ciudad surgió a través del trabajo realizado por Pedro Ludovico Teixeira, nombrado interviniente estatal por el presidente Getúlio Vargas. El proceso de construcción se fundamentó en el discurso de los boosters, o promotores de la capital, que atribuyeron a la prometida “metrópoli” el poder de crear buenas oportunidades para el crecimiento económico. Para esto, se basaron en recursos naturales como los cursos de agua, la presencia de ricos bosques cercanos y el relieve ligeramente accidentado de la región del Cerrado. Metodología: El estudio utilizó documentación basada en informes técnicos, registros orales, fotografías, mapas, publicaciones periódicas y revistas de la época, así como bibliografía basada en los supuestos teóricos y metodológicos de la historia ambiental. Originalidad: La historiografía del Brasil Central a menudo se ha analizado desde la perspectiva de la frontera y no desde la perspectiva de la historia ambiental. En este documento, buscamos apropiarnos de estos dos temas, con el fin de reforzar la relación entre los procesos rurales y urbanos de la historia ambiental del Cerrado en el centro de Brasil. Conclusiones: El escenario real era diferente del anunciado, ya que la naturaleza era mucho más una barrera, que un elemento facilitador del desarrollo. Además, los ideales del urbanismo moderno fueron parcialmente abandonados debido al oportunismo de vender lotes. Y el crecimiento tuvo lugar, pero no por la abundancia de recursos naturales, sino por la transferencia de la capital, que retroalimentaba a medida que atraía nuevos habitantes.
Abstract. Objective/Context: This article presents the historical context of the creation of Goiânia, capital city of the state of Goiás, built in the 1930s as a symbol of the expansion of the demographic and agricultural frontier in central Brazil. The city emerged through the Pedro Ludovico Teixeira efforts, appointed state intervener by the President Getúlio Vargas. In the construction process, there was the boosters’s discourse, which attributed to the promised “metropolis” the power to create good opportunities for economic growth. For this, they relied on natural resources such as rivers, the presence of rich nearby forests and the fields with a less sloping region. Methodology: The study used archival sources based on technical and memorialist reports, photographs, maps, newspapers and periodicals of the time, as well as bibliography based on the theoretical and methodological assumptions of Environmental History. Originality: The historiography of Central Brazil has often been analyzed from the perspective of the frontier and not from the perspective of environmental history. In this paper, we seek to appropriate these two issues, reinforcing the relationship between the rural and urban processes of the Cerrado environmental history in Central Brazil. Conclusions: The real scenario was different from the announced one, since nature was much more a barrier than a facilitating element of development. In addition, the ideals of modern urbanism were partially abandoned due to the opportunism of selling lots. Also, the growth took place, but not because of the abundance of natural resources, but because of the transfer of the capital that fed it back as it attracted new inhabitants.
Resumo. Objetivo/Contexto: Este artigo busca apresentar o contexto histórico da criação de Goiânia, capital do estado de Goiás, construída na década de 1930 como símbolo da expansão da fronteira demográfica e agrícola no Brasil Central. A cidade surgiu através do trabalho realizado por Pedro Ludovico Teixeira, nomeado interventor estadual pelo presidente Getúlio Vargas. No processo de construção, a falta de recursos financeiros e o isolamento da região em relação aos grandes centros de país criou barreiras como a dificuldade de se obter materiais e mão de obra. Em oposição à realidade, havia o discurso dos boosters, ou divulgadores da capital, que creditavam, à “metrópole” prometida, o poder de criar boas oportunidades de crescimento econômico. Para isso, fundamentavam-se nos recursos naturais como os cursos d’água, a presença de ricas matas nas proximidades e o relevo pouco acidentado da região de campo cerrado. Metodologia: O estudo utilizou-se de documentação com base em informes técnicos, relatos memorialistas, fotografias, mapas, publicações de jornais e periódicos da época, além de bibliografia fundamentada nos pressupostos teóricos e metodológicos da História Ambiental. Originalidade: A historiografia do Brasil Central tem sido, muitas vezes analisadas pela perspectiva da fronteira e não sob a ótica da história ambiental. Neste trabalho, procuramos nos apropriar dessas duas questões, reforçando a relação entre os processos rurais e urbanos da história ambiental do Cerrado no Brasil Central. Conclusões: O cenário real era diferente do propagado, pois a natureza foi muito mais uma barreira do que um elemento facilitador do desenvolvimento. Também, os ideais do urbanismo moderno foram parcialmente abandonados em função do oportunismo da venda de lotes. E, ainda, o crescimento de fato se deu, porém não pela abundância dos recursos naturais, mas pela transferência da capital que se retroalimentava à medida que atraía novos habitantes.